Transtorno De Ansiedade Generalizada

Ansiedade Generalizada

A ansiedade é uma emoção comum e necessária à vida, todos nós a experimentamos em diversas situações e momentos. Porém, algumas pessoas sofrem de um transtorno de ansiedade chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada (conhecido pela sigla TAG).

O TAG é um distúrbio de ansiedade crônico, em que as pessoas não conseguem evitar suas preocupações, mesmo percebendo que grande parte delas é sem sentido ou injustificada. Existe uma excessiva preocupação com status social, aparência física e saúde, bem-estar dos familiares, dinheiro ou trabalho. Há também uma incapacidade de relaxar, mesmo quando há possibilidades de fazê-lo, e, muitas vezes, há problemas para iniciar ou manter o sono, gerando sensações de cansaço e problemas para se concentrar.

Em pessoas com Ansiedade Generalizada, a preocupação geralmente é irreal ou desproporcional para a situação. A vida diária torna-se um constante estado de preocupação, medo e pânico. Eventualmente, a ansiedade domina o pensamento da pessoa, interferindo no funcionamento diário, incluindo o trabalho, a escola, as atividades sociais e os relacionamentos.


Causas da Ansiedade Generalizada

A causa exata da Ansiedade Generalizada não é totalmente conhecida, mas uma série de fatores, incluindo genética, química do cérebro e elementos estressores ambientais, que podem contribuir para o seu desenvolvimento.

Genética

Algumas pesquisas sugerem que o histórico familiar desempenha um papel relevante. Fatores hereditários podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver o Transtorno. Isso significa que a tendência para desenvolver TAG pode ser transmitida hereditariamente.

Química do cérebro

A Ansiedade Generalizada tem sido associada ao funcionamento anormal de certas células nervosas que conectam regiões cerebrais específicas envolvidas no pensamento e na emoção.

Essas conexões de células nervosas dependem de produtos químicos chamados neurotransmissores que transmitem informações de uma célula nervosa para a próxima. Se as vias que conectam regiões específicas do cérebro não funcionam de forma eficiente, os problemas relacionados ao humor ou à ansiedade podem aparecer.

Medicamentos, psicoterapias ou outros tratamentos que são pensados ​​para “ajustar” esses neurotransmissores podem melhorar a conexão entre circuitos e ajudar a melhorar os sintomas relacionados à ansiedade ou à depressão.

Fatores ambientais

Traumas e eventos estressantes podem contribuir para o aumento da ansiedade. O Transtorno de Ansiedade Generalizada também pode piorar durante os períodos de estresse.
Listamos alguns fatores ambientais que podem contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade:

Estresse no trabalho, escola ou outros ambientes de alta pressão;
Lidar com o abuso, violência, assédio moral e outros traumas;
Morte de um ente querido, divórcio e luto;
Situações de grandes mudanças na vida, como casamento, mudanças de emprego, escolas ou mesmo cidade e país;
Depressão, transtornos alimentares e abuso de substâncias químicas;
Efeito colateral de medicamentos ou substâncias, como drogas, álcool, cafeína e nicotina;
Problemas financeiros ou desemprego;
Relacionamento difícil com o parceiro, membro da família ou amigos.


Diagnósticos e Tratamentos

A psicoterapia associada ao acompanhamento médico (medicamentos) são os tratamentos recomendados para este transtorno. Os estudos mostram que essa associação costuma ser a mais eficaz para o tratamentos dos distúrbios mentais.

O tratamento medicamentoso precisa ser avaliado e prescrito por um médico, e geralmente é feito utilizando antidepressivos, ansiolíticos ou outros medicamentos clínicos. A orientação médica nesse processo é fundamental, por isso é importante manter o acompanhamento com um profissional de confiança. 

A psicoterapia deve ser feita SEMPRE por um profissional treinado e habilitado, como um psiquiatra ou psicólogo. Na psicologia há diversas linhas teóricas e técnicas, mas o importante é realizar esse processo com um profissional cuidadoso e que o paciente estabeleça o vínculo terapêutico, tornando possível, assim, a avaliação e o entendimento dos sintomas, promovendo autoconhecimento e regulação emocional.

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